É comum no consultório o paciente procurar dizendo que teve uma perda de peso inicial e depois estacionou. Isso se deve a uma série de pequenos problemas:
– Primeiro, a mudança do estilo de vida deve ser contínua. E normalmente as pessoas fazem “dietas” temporárias e relaxam como passar dos dias. Por isso sempre prego que “dietas” não são adequadas. O correto é mudar os hábitos e cultivar no dia a dia a rotina saudável. As dietas que excluem um macro ou micronutriente como as dietas sem carboidrato, por exemplo, também podem causar esses problema. Recomenda-se a perda de peso progressiva e lenta com cardápio balanceado dentro de recomendações nutricionais adequadas.
– Outro fator importante é analisar algum distúrbio hormonal. Alguns problemas hormonais boicotam a perda de peso. Esses normalmente podem ser tratados e o paciente volta a ter saúde equilibrada.
– Mas, o mais comum é a perda de peso sem analisar o que estamos perdendo: massa magra ou gordura? Normalmente o paciente no ímpeto de perder peso muito rápido se submete a dietas muito restritas e a atividade física muito intensa e voltada para os exercícios aeróbicos. Essa conduta pode levar a perda de massa magra com diminuição da taxa metabólica basal (gasto energético diário, metabolismo) e o paciente para de perder peso. Por isso sempre indico a realização de bioimpedância antes de iniciar o tratamento e a cada dois meses.
Digo que a bioimpedância é um olhar biônico para o paciente. A balança nos dá o peso simplesmente, mas não exclui o falso gordo ou a falsa magra. A bioimpedância é capaz de nos mostrar o interior: o que estou perdendo? Massa magra? Massa gorda?
Fazer esse acompanhamento mostra para o paciente o quão eficaz está sendo a sua intervenção nutricional e a sua atividade física.
O exame de bioimpedância mostra exatamente o que a balança não consegue ver.